Junho
A partir do dia 17, o Hospital Geral de Nova Iguaçu está interligado e apto para interagir através de videoconferência com instituições de pesquisa e ensino, além dos hospitais universitários da América Latina, Europa, Estados Unidos e Japão. Isso será possível graças à inauguração da sala da Rede Universitária de Telemedicina (Rede RUTE) da unidade. Através da Rede Rute será possível fazer o intercâmbio de informações para diagnósticos, prevenção e tratamento de doenças, educação continuada, pesquisas e avaliações entre os profissionais de saúde. A inauguração contou coma presença do secretário de Saúde de Nova Iguaçu, Dr. Luiz Antônio Teixeira Junior, o diretor geral do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), Dr. Joé Sestello, e o coordenador da Rede Rute no HGNI, Dr. Carlos Henrique Melo Reis.
A solenidade foi realizada na sala da Rede por teleconferência. A Rede RUTE é uma iniciativa do Ministério da Ciência e Tecnologia - apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela Associação Brasileira de Hospitais Universitários (Abrahue) e coordenada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) -, que visa a apoiar o aprimoramento de projetos em telemedicina já existentes e a incentivar o surgimento de futuros trabalhos interinstitucionais. A Rede Rute está ligada à Rede de Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (Clara), que tem como objetivo a coordenação entre redes acadêmicas na América Latina, cuja finalidade é promover o desenvolvimento científico e tecnológico, planejamento e implantação de serviços para interligação regional e global.
De acordo com o secretário de Saúde, Dr. Luiz Antônio Teixeira, é um grande avanço para a área de Saúde e Medicina o HGNI estar homologado na Rede Rute. “Através da Rute, o HGNI está ligado à hospitais universitários, institutos de pesquisa e, como participante, conta com a colaboração de redes parceira em várias partes do mundo. Não há limites para o aprendizado através da nossa sala da Rede Rute”, destacou Luiz Antônio.
Para o diretor-geral do HGNI, Dr. Joé Sestello, a sala Rute vai transpor fronteiras e propagar o ensino na área da saúde. “É muito importante para o hospital estar com a sala da Rede Rute homologada. Vamos poder participar em tempo real de todas as videoconferências, discutir e aprender com os demais integrantes. Além disso, vamos estar conectados e poder acompanhar os programas do Ministério da Saúde, programas de qualificação e gestão em telesaúde e telemedicina”, ressaltou Sestello.
Segundo o coordenador da Rute no HGNI, Dr. Carlos Henrique Melo Reis, o Programa Nacional de Telesaúde e a Universidade Aberta do SUS são os dois grandes programas do Ministério da Saúde que estão disponíveis. No Brasil, atualmente, há 2.870 pontos de videoconferência e mais de 1.550 municípios envolvidos. Ainda de acordo com ele, os pontos servem para fortalecimentos da Estratégia de Saúde da Família, como telediagnóstico, teleconsulta, entre outros.
A Rede Universitária de Telemedicina estimula a integração e a colaboração entre profissionais de saúde por meio de Grupos de Interesse Especial (do inglês Special Interest Groups - SIGs). Os SIGs promovem debates, discussões de caso, aulas e diagnósticos à distância. Hoje, mais de 300 instituições participam de cerca de 40 SIGs em várias especialidades e subespecialidades, como Psiquiatria, Cardiologia, Enfermagem, Oftalmologia, Dermatologia, entre outras.
Participaram também do evento Nelson Nahon, representando o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro; Dr. Mário Mentropp, do Comitê de Gestão de Politicas Públicas; Arcelina Caldas, presidente do Conselho Municipal de Saúde de Nova Iguaçu; e Rosangela Bello, secretária executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada.
O que é a Rede RUTE?
A iniciativa prevê a infraestrutura de serviços de comunicação, assim como parte dos equipamentos de informática e comunicação para os grupos de pesquisa, promovendo integração e conectividade e disseminando atividades de pesquisa das instituições participantes. A utilização de serviços avançados de rede deverá promover o surgimento de novas aplicações e ferramentas que explorem mecanismos inovadores na educação em saúde, na colaboração à distância para pré-diagnóstico e na avaliação remota de dados de atendimento médico.
A Rute possibilita, em um primeiro momento, a utilização de aplicativos que demandam mais recursos de rede e o compartilhamento dos dados dos serviços de telemedicina dos hospitais universitários e instituições de ensino e pesquisa participantes da iniciativa. Em um segundo momento, a Rute leva os serviços desenvolvidos nos hospitais universitários do país a profissionais que se encontram em cidades distantes, por meio do compartilhamento de arquivos de prontuários, consultas, exames e segunda opinião.
Sua implantação traz impactos científicos, tecnológicos, econômicos e sociais para os serviços médicos já existentes, permitindo a adoção de medidas simples e de baixo custo, como a implantação de sistemas de análise de imagens médicas com diagnósticos remotos, que pode contribuir muito para diminuir a carência de especialistas, além de proporcionar treinamento e capacitação de profissionais da área médica sem deslocamento para os centros de referência.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Hospital Geral da Posse / Fotos: Everton Barsan