Enfermeiros e técnicos
em enfermagem são beneficiados por curso ministrado pelo NEP/CISBAF
A importância do eletrocardiograma no
diagnóstico de doenças do coração, conhecer a anatomia do coração, bem como
saber a posição correta da fixação dos eletrodos na hora do exame. Esses foram
alguns dos principais pontos abordados durante a capacitação em
“Eletrocardiograma” ministrada pelo Núcleo de Educação Permanente da Baixada
Fluminense (NEP/CISBAF), no dia 06, a um grupo de enfermeiros e técnicos em
enfermagem do Hospital Geral de Nova Iguaçu. A cardiologista e coordenadora do
NEP, Dra. Sonia Zimbaro, enfatizou a relevância do exame, aparentemente,
simples e básico na avaliação da saúde do coração.
– O que a maioria dos profissionais
não imagina que o eletrocardiograma é um exame complexo e que direcionará a
avaliação e toda a conduta médica quando analisado. Se feito de maneira errada,
o que, infelizmente, é bastante comum, comprometerá a interpretação dos dados e
induzirá o médico ao erro no momento do diagnóstico –, destaca a especialista.
Zimbaro ilustrou com alguns exemplos para
mostrar os erros mais frequentes. Daí, segundo a especialista, a importância de
conhecer um pouco a anatomia do coração e a sua localização. “Na hora fixar os
eletrodos para rodar o eletro, o profissional precisa levar em consideração o
espaço a partir do coração, e não antigas teorias que mandam colocar o eletrodo,
por exemplo, abaixo da mama. E se tivermos com uma paciente do sexo feminino
mastectomizada? Não fazemos o exame?”, remete a pergunta ao grupo para reflexão.
A calibração do aparelho também é
imprescindível. Segundo a coordenadora, o aparelho com calibração errada vai
registrar a atividade elétrica do coração de maneira errada. “A manutenção e a
limpeza do aparelho são fundamentais para a boa realização do exame. Se o mesmo
estiver descalibrado, o resultado poderá sugerir algumas doenças graves, como
cardiopatia hipertensiva, miocardiopatia hipertrófica, doença infiltrativa
degenerativa, doença coronariana, doenças valvares aórticas e até insuficiência
mitral”, explica.
Dados do paciente, como nome, idade,
peso e altura também devem ser coletados para uma melhor interpretação do laudo
pelo médico. Se o paciente tossir durante o exame, o mesmo deverá ser novamente
realizado. E se o paciente estiver acamado ou em coma, também deve ser anotado
no cadastro do paciente.
Na próxima segunda-feira (13) o tema
avançará com a abordagem sobre o posicionamento dos eletrodos na hora de
realizar o exame.