Fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogas
que compõem as equipes do Núcleo de Atenção à Saúde da Família dos municípios
da Baixada Fluminense participaram do curso "Cuidados Multidisciplinares
aos Pacientes Portadores de Doença Cerebral Isquêmica", promovido pelo
Cisbaf, através do Núcleo de Educação Permanente, no dia 19, na sede do
consórcio. As palestras, conduzidas pela coordenadora do NEP/Cisbaf, Dra. Sonia
Zimbaro, e pelo coordenador Pedagógico do NEP/Cisbaf, Dr. Ricardo Mattos,
promoveram o compartilhamento dos principais conceitos sobre o tema, a troca de
experiências e o debate dos protocolos de assistência.
Durante a sua apresentação, a cardiologista Dra.
Sonia Zimbaro falou das principais causas do Acidente Vascular Cerebral, suas
consequências e as condutas de restabelecimento do paciente. Ela destacou que a
atuação e interação de uma equipe multidisciplinar, além da família, são
fundamentais para a sua reabilitação, facilitando seu processo de reintegração
na sociedade e adaptação à nova realidade de vida. Estatísticas do Ministério
da Saúde mostram que o AVC é a segunda causa de morte e a primeira de
incapacidade no Brasil.
Na segunda parte do curso, o professor Ricardo
Mattos, enfatizou que, diferente dos demais cursos realizados pelo NEP/Cisbaf,
essa capacitação visou a construção e reflexão sobre o Plano Terapêutico
Singular (PTS) a partir da análise de casos concretos. "O PTS é um dos
instrumentos de trabalho da equipe de apoio da equipe da saúde da família, seja
em assistência compartilhada, através de processos de formação em saúde
(educação permanente), ou de acompanhamento de casos complexos. A partir do
AVE/AVC que agrega uma série de profissionais com conhecimento
multidisciplinar, a gente discute o PTS que seja partilhado com vários
profissionais", explica.
A aula, dividida em parte teórica e prática, com
discussão de casos reais e desenvolvimento do plano de ação assistencial,
mostrou a importância do olhar profissional para o paciente como um ser
complexo. "Não podemos acompanhar esse paciente considerando somente a
doença. No momento em que a gente compreende que o sujeito é muito mais do que
a própria doença, passamos a trabalhar o que é urgente, mas também tudo o que
permeia o processo, que extrapola o quadro da doença. Provocar esse olhar
ampliado sobre o paciente foi uma das propostas do curso."