Planilha inclui
hospitais da Baixada, estaduais e federais a fim de atender à enorme demanda
regional
Secretários e subsecretários de Saúde,
coordenadores de Urgência e Emergência, diretores de hospitais e técnicos do
Cisbaf se reuniram na manhã desta quarta-feira (28), na sede do Cisbaf, para
dar continuidade à discussão e definição da rede de atendimento dos casos de urgência
e emergência na Baixada Fluminense. O encontro foi conduzido pela superintendente
de Regulação da SES-RJ, Kitty Crawford, e contou também com a presença da
secretária executiva da CIR Metropolitana 1, Patrícia Vanda. A grade acordada
seguirá, posteriormente, para aprovação na CIR Metro 1.
A planilha considera os únicos hospitais
de emergência da região, como o Hospital Geral de Nova Iguaçu, o Hospital
Estadual Adão Pereira Nunes e o Hospital Municipal Moacyr Rodrigues do Carmo,
bem como outras unidades estaduais e do município do Rio para que seja possível
atender a enorme demanda. A rede de urgência e emergência foi subdividida pelas
principais linhas de cuidado, como trauma, acidente vascular encefálico, infarto
agudo do miocárdio, obstetrícia e outros agravos médicos. Segundo a secretária
executiva do Cisbaf, Dra. Rosangela Bello, a grade, após ratificação na reunião
da CIR será a referência para os municípios e norteará o serviço do Samu 192,
do Corpo de Bombeiros, além das centrais de regulação estadual e municipais.
O diretor geral do HGNI, Dr. Joé
Sestello, enfatizou a grande dificuldade que vem encontrando para atender um
número cada vez maior de pacientes oriundos dos demais municípios da região. “Não
temos capacidade instalada para absorver toda a demanda, principalmente,
daqueles municípios que não ofertam serviço de urgência e emergência, nem
leitos de retaguarda, que ajudariam a desafogar o hospital”, desabafa Sestello.
A coordenadora médica do Hospital Saracuruna, Dra. Mayla Portela, endossou as
palavras de Joé e afirmou que a unidade, além de lotada, ainda recebe pacientes
de baixo risco, extrapolando ao perfil de assistência do hospital.
Durante a reunião, algumas sugestões foram
apresentadas: a utilização de parte das vagas do Hospital Municipal de Acari
como leitos de retaguarda para encaminhamento de
pacientes da Baixada que demandem assistência de complexidade intermediária,
e a retirada do repasse federal da RUE (Rede de Urgência e Emergência) dos
municípios que não ofereçam o serviço.
Para Kitty Crawford, a discussão
mostrou que, apesar das imensas dificuldades de toda a região, todos os
gestores precisam estar unidos na busca de caminhos que atendam à população. “Apesar
da resistência do município do Rio em debater a questão, principalmente, no que
se refere ao acesso aos leitos nos hospitais federais localizados na sua área
geográfica, conseguimos avançar um pouco com o apoio dos órgãos de controle
externo, como MPE (Ministério Público Estadual) e MPF (Ministério Público Federal).”