A Secretaria de Estado de Saúde,
representada pela superintendência de Gestão das Unidades Pré-Hospitalares e
Hospitalares, e pela coordenação de Urgência e Emergência se reuniu na manhã
desta segunda-feira (10) com a secretária executiva do Cisbaf, a coordenação da
Central de Regulação do Samu 192 Baixada Fluminense, bem como representantes do
Samu de 11 municípios da região para discutir as referências de atendimento das
urgências e emergências e o protocolo de recebimento desses pacientes nas UPAs
estaduais localizadas na Baixada Fluminense.
O coordenador da Urgência e Emergência
da SES/RJ, Eduardo Lenini da Silva Santana, apresentou aos coordenadores um
fluxo de atendimento aos pacientes socorridos pelo Samu 192, recentemente
acordado com o município do Rio. O documento será avaliado pelos coordenadores
municipais para adequação à realidade regional. Uma ficha de controle de
recebimento de ambulâncias do Samu/CBMERRJ nas UPAs estaduais também foi
entregue para melhor monitoramento de possíveis dificuldades de acesso às
unidades de pronto-atendimento.
Alguns participantes pontuaram seus
problemas locais, mas a falta de entrosamento do gestor da UPA estadual com a
rede municipal foi uma questão abordada pela maioria. Para a secretária
executiva do Cisbaf, Dra. Rosangela Bello, não há uma integração adequada das sete
UPAs estaduais à rede regional de saúde. “Precisamos sair daqui vislumbrando
caminhos para a construção de uma verdadeira rede que integre unidades da
atenção básica, UPAs municipais e estaduais, bem como hospitais”, destaca. Lenini
garantiu que o tema será abordado em reunião do estado com os diretores das
UPAs para devido esclarecimento do fluxo de atendimento e solução do problema
recorrente.
A diretora técnica do Cisbaf, Dra.
Márcia Cristina Ribeiro, acrescentou que os desafios da atual gestão na
regularização total do serviço de urgência e emergência – que envolve estrutura
física, equipes e ambulâncias –, vêm comprometendo a qualidade do atendimento
na ponta, ou seja, ao paciente. Com menos ambulâncias e recursos humanos, o
Samu 192 Baixada fica prejudicado. E com poucas portas para atendimento aos
casos de urgência e emergência na região, a sobrecarga do Hospital Geral de
Nova Iguaçu (municipalizado), Hospital Adão Pereira Nunes (estadual) e Hospital
Municipal Moacyr do Carmo (Duque de Caxias) é cada vez maior.
Com relação à sobrecarga e ausência de
leitos de retaguarda, o coordenador do Samu Nova Iguaçu, Ney Cerqueira, cobrou
do estado a reabertura do Hospital Estadual Vereador Melchiades Calazans, em
Nilópolis, fechado no final do ano passado. Na pactuação firmada com a região,
o hospital passaria por processo de readequação para
ser reaberto como Hospital Estadual de Traumato-Ortopedia, oferecendo leitos de
retaguarda ao Hospital da Posse. Entretanto, até o momento, a unidade não foi
reaberta.
Participaram também da reunião o superintendente das Unidades
Hospitalares/SES, Diego V. Mendes, a superintendente das Unidades
Pré-Hospitalares/SES, Ivanise A. Gomes de Souza, o coordenador geral das UPAs
estaduais, Elson Baleiro, a assessora técnica da SES, Ana Caroline Arouche, assim
como representantes dos municípios de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri,
Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados e São João de Meriti, a
coordenadora médica da Central de Regulação do Samu 192 Baixada Fluminense,
Simone Maçana, o coordenador de Assistência do Cisbaf, Ricardo Mangabeira, e o
assistente de coordenação do Samu 192 Baixada Fluminense, Rodrigo Ribeiro.