1º encontro da Câmara
Técnica discutiu os desafios da nova gestão
Coordenadores de Urgência e Emergência
da Baixada Fluminense debateram os desafios da nova gestão em reunião ocorrida
na manhã desta quarta-feira (dia 15), na sede do Consórcio Intermunicipal de
Saúde da Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu. Mesmo com a previsão da chegada de
11 ambulâncias (viabilizadas por emendas parlamentares) e mais três (por
doação), as questões que permeiam o Serviço de Atendimento Médico de Urgência –
Samu 192 são complexas e demandam o esforço conjunto da região. O 1º encontro
da Câmara Técnica do Cisbaf teve ainda o objetivo promover as boas-vindas ao
grupo, estimular a integração e o maior diálogo entre os coordenadores e
equipes do serviço, apresentar as principais diretrizes e portarias
ministeriais regulatórias.
Inicialmente, a secretária executiva
do Cisbaf, Dra. Rosangela Bello, falou da recente reunião do Cosems ocorrida no
consórcio, onde o secretário estadual de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Junior, fez
um apelo aos gestores municipais da necessidade da abertura de, no mínimo, uma
unidade pré-hospitalar 24 horas (UPAs e Unidades Mistas) que funcione com
qualidade e resolutividade. Essa medida visa triar e diagnosticar os casos de
urgência e emergência a fim de desafogar o Hospital Geral de Nova Iguaçu
(Hospital da Posse), principal porta de entrada da região.
Bello também comentou da audiência em
Brasília, realizada no dia 18 de janeiro, com o ministro da Saúde, Ricardo
Barros, onde foram apresentados os projetos regionais de maior relevância para
a melhoria da assistência à população. Do encontro marcaram presença prefeitos,
secretários da pasta e parlamentares.
Todos os coordenadores receberam um
relatório do último semestre de 2016 com indicadores de avaliação do Samu 192
Baixada. Segundo dados do Observatório de Saúde da Região da Baixada Fluminense,
explanados pela diretora técnica do Cisbaf, Dra. Márcia Cristina Ribeiro, o
Samu de outubro a dezembro de 2016 realizou 135.642 mil atendimentos,
considerando os 12 municípios que integram o serviço. Dentre outras
informações, o relatório relacionou os principais motivos de chamado do Samu
192: casos clínicos concentram a maior parte das ocorrências 65%, traumas vêm
em segundo lugar com 17%, psiquiatria registrou 13%, obstetrícia 3% e pediatria
2%. Esses índices, juntamente com outros dados gerenciais serão essenciais na
tomada de decisões no nível municipal, pois poderão nortear muitas das ações a
serem desenvolvidas pelas prefeituras.
Uma cartilha com a lista dos cursos livres
a serem promovidos ao longo do ano pelo Núcleo de Educação Permanente
(NEP/Telessaúde/Cisbaf) também foi distribuída. Os cursos de atualização e
capacitação objetivam a qualificação constante dos profissionais municipais de
saúde, refletindo, dessa forma, na ponta do atendimento à população.
A secretária executiva destacou a
estrutura de recursos humanos da Central de Regulação do Samu 192 Baixada,
administrada pelo Cisbaf, mostrando as duas formas de pactuação do município,
via cessão de pessoal ou via contrato de gestão associada específico, onde o
consórcio contrata diretamente os profissionais mediante repasse do município.
Essa modalidade, de acordo com Bello, possibilita maior controle administrativo
e gerencial da equipe.
Ao final do encontro, Rosangela Bello
anunciou alguns projetos em negociação com a SES, como a criação de uma frota
sanitária regional regulada pelo Cisbaf para ser usada, exclusivamente, nas
transferências de pacientes interhospitalares (TIH), e o projeto de reabertura
das três UPAs municipais fechadas em função da falta de custeio para manutenção
do serviço.