Côrtes garante setor de neurocirurgia do Hospital da Posse até junho

O setor de neurocirurgia do Hospital da Posse, cujo fechamento havia sido anunciado pelo prefeito Nelson Bornier para acontecer no feriado de 1º de maio, ganhou sobrevida de um mês. É que o secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes, prometeu ajudar com materiais, insumos e medicamentos, garantindo o funcionamento do setor até, pelo menos, 1º de junho. A razão do possível fechamento é o subfinanciamento do hospital pelo Governo Federal. A Prefeitura, segundo o prefeito, não tem condições de continuar arcando praticamente sozinha com um custo mensal que chega a mais de R$ 13 milhões. Hoje, o município está recebendo apenas R$ 1,7 milhão de repasse federal para financiar a unidade. O setor de neurocirurgia, por ser o mais dispendioso de todos, seria fechado por questão de economia.

“O Hospital da Posse é a principal unidade de emergência da Baixada Fluminense e é referência de pronto atendimento para uma região de quatro milhões de pessoas. Apesar de atendermos toda a Baixada Fluminense, só Nova Iguaçu arca com as despesas da unidade. As dívidas ultrapassam R$ 120 milhões. Tem fornecedor cobrando fatura de cinco anos atrás”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Luiz Antônio Teixeira. Ele disse que já pediu o aumento do repasse federal mensal para R$ 10 milhões, mas a proposta do Ministério foi de R$ 4,360 milhão.

Atualmente, o valor mensal repassado pelo Ministério da Saúde para a Posse é de R$ 1,7 milhão. Para todo o município de Nova Iguaçu, a verba total do Ministério é de R$ 6.920.000,00 – isso inclui exames laboratoriais e patologia, clínica, exames de imagem (ressonância, tomografia, mamografia, ultrassonografia, radiologia), procedimentos endoscópicos, consultas ambulatoriais especializadas, pagamentos dsa clínicas conveniadas de procedimentos, internação e cirurgias eletivas. A verba é destinada, ainda, para manutenção e custeio de toda a rede própria de saúde de Nova Iguaçu (quatro unidades mistas 24 Horas e duas Policlínicas). Em março, o Ministério da Saúde fez um repasse emergencial de R$ 8,9 milhões, divididos em duas parcelas de R$ 4,46 milhões. A primeira parcela foi depositada em março e a segunda e última ainda não foi creditada.

“O secretário Côrtes, o prefeito Bornier e eu vamos a Brasília para abrirmos novamente as negociações com o governo Federal. Precisamos da recontratualização do Hospital da Posse para que os serviços sejam mantidos e possamos atingir nossas principais metas: humanização do atendimento e qualidade. Nossa população merece um atendimento digno, mas, para isso, precisamos da união das três esferas de governo”, frisou Luiz Antônio.

Fonte: Assessoria de Comunicação – Hospital Geral da Posse / Fotos: Everton Barsan

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