Julho
A secretária executiva do consócio, Dra. Rosangela Bello, ministrou palestra sobre desafios e caminhos no setor
O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense (Cisbaf) compartilhou sua experiência no III Congresso Brasileiro dos Consórcios Intermunicipais, realizada nos dias 13 e 14, em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro. Atuando na região desde fevereiro de 2000, a secretária executiva do Cisbaf, Dra. Rosangela Bello, debateu os avanços e as conquistas na área da saúde alcançados por meio da gestão consorciada. Do mesmo painel participaram também o coordenador de Acompanhamento de Investimentos do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde, Thiago Rodrigues Santos, a secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde, Lenir dos Santos, e o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Mauro Guimarães Junqueira.
Durante sua apresentação, Bello relacionou alguns desafios do segmento na região, como o alto déficit de leitos (0,7 leitos por mil habitantes, quando, segundo a Organização Mundial da Saúde, o ideal é ter de 3 a 5 leitos para cada mil habitantes), a inexistência de uma rede articulada e hierarquizada, baixíssima incorporação tecnológica nas unidades, concentração dos serviços de alta complexidade nos municípios do Rio de Janeiro e de Niterói, regulação de leitos e de procedimentos insuficiente, falta de regulação do transporte sanitário, sucateamento dos hospitais universitários, dentre outros.
Para a secretária executiva, a gestão do setor precisa solucionar importantes desafios: aumentar o financiamento da saúde e da eficiência no gasto; reduzir as desigualdades regionais e de grupos sociais; aumentar a capacidade de produção de inovações tecnológicas; fortalecer a Atenção Básica a fim de garantir acesso e o cuidado integral; reforçar a estrutura de atendimento às urgências; qualificar a formação e atualização dos profissionais de saúde, bem como sua fixação no SUS.
Segundo Rosangela Bello, o aprimoramento do pacto interfederativo, com criação de mecanismos de coordenação e cooperação intergovernamentais se faz indispensável para o fortalecimento do SUS. E que os problemas de cada município podem ser resolvidos por meio de debates, assim como planejamento conjunto e articulado das ações entre os entes envolvidos.
– O consórcio intermunicipal de saúde é o caminho para a gestão regional compartilhada e sustentável, sem falar que pode representar para os municípios uma forma economicamente viável de prestação de serviços públicos, com a redução de seus custos operacionais – destaca.
Participaram também do congresso outros profissionais do Cisbaf: a diretora de Projetos, Dra. Márcia Cristina Ribeiro; o diretor Financeiro, Carlos Eduardo Ribeiro; o assessor Jurídico, Edmilson Barbosa Machado; a pregoeira, Paula Porto; o controlador interno, Marcelo da Silva Reis.
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