Capacitação beneficia Agentes Comunitários de Saúde

Fevereiro

Saúde do trabalhador Agente Comunitário está sendo debatida

O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense iniciou na manhã desta terça-feira (23) o Projeto de Extensão "O cotidiano dos Agentes Comunitários frente ao impacto das condições de trabalho: prevenção dos agravos à saúde". Os encontros, que irão ocorrer na sede do consórcio, visam provocar a reflexão e o debate das condições de trabalho dos ACS nas comunidades, as necessidades de saúde do profissional como usuário do sistema de saúde, bem como de que forma os pontos positivos e negativos da profissão impactam no seu cotidiano e na sua vida. O projeto, realizado em parceria com a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), está sendo ministrado pelo coordenador pedagógico do NEP, Dr. Ricardo de Mattos Russo Rafael, e mediado pelo graduando em Enfermagem da UERJ, Kleison Pereira da Silva.

– Nosso objetivo é mapear e apoiar as intervenções sobre os agravos em saúde específicos da profissão de Agente Comunitário de Saúde. Vamos realizar alguns encontros para percebermos as questões que impactam positiva e negativamente na vida dessas pessoas, como profissionais e indivíduos. Queremos provocar a discussão entre eles sobre as práticas e soluções possíveis a partir do saber e da experiência de cada um – explica Dr. Ricardo.

Neste primeiro encontro, realizado com alguns agentes comunitários do município de Nova Iguaçu, foi iniciada com uma grande reflexão conceitual sobre a atenção primária, como ela deve ser desenvolvida e de que forma os Agentes percebem os impactos na sua saúde e qualidade de vida, trazendo à tona a saúde do trabalhador. Foram destacados pontos como, a perda da privacidade da vida particular dentro da comunidade, a geração de conflitos familiares por absorver problemas e responsabilidades que vão além da função de agente comunitário, dentre outros.

Conforme o planejamento, o segundo encontro será construído a partir das observações apresentadas inicialmente e o terceiro encontro será propositivo. Segundo o professor, toda a metodologia de trabalho será centrada no sujeito, ou seja, eles irão produzir as ferramentas e/ou os processos que precisem ser adotados a fim de melhorar a saúde do trabalhador como um todo. Haverá ainda um conjunto de visitas educativas in loco para que se possa orientar sobre os processos de trabalho durante a execução das atividades, além de propiciar trocas de vivências entre alunos, professores e a equipe multiprofissional.

De acordo com o professor Dr. Ricardo, o Projeto de Extensão surgiu aproximadamente há dois anos na Faculdade de Enfermagem da UERJ. Pela primeira vez está sendo implantado na Baixada Fluminense, iniciando por Nova Iguaçu, mas será estendido para os demais municípios da região.

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