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Caxias é pioneira no Estado com programa que detecta o infarto do miocárdio em tempo hábil para tratamento

 

Publicado em: 19/12/2015 18:24 | Fonte/Agência: CISBAF | Autor: Cisbaf

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Dezembro

Projeto LATIN realizado em parceria com o HSCOR tem como objetivo reduzir a mortalidade cardíaca

Quando se trata de atendimento médico de emergência, cada minuto é fundamental para salvar vidas. Assim, no último mês de novembro a Secretaria de Saúde de Duque de Caxias (SMS), largou na frente de forma pioneira no Estado ao implementar em sua rede municipal o “Projeto LATIN” (Latin America Telemedicine Infarct Network), que por meio de dispositivos de telemedicina, conecta rapidamente unidades de tratamento básico e ambulâncias (SAMU) a uma rede de centros de treinamento para melhorar o acesso e diminuindo o tempo no tratamento do infarto agudo do miocárdio (IAM). Esse programa tem como objetivo reduzir a mortalidade cardíaca.

O projeto é coordenado pela subsecretaria municipal de Regulação, através do Departamento Municipal de Monitoramento e Regulação, em parceria com o Hospital do Coração de Caxias (HSCOR), Hospital Santa Marcelina (SP) e a Central de Telemedicina de Uberlândia (MG). Melhora no tempo de resposta dos serviços de emergência e redução na mortalidade dos pacientes com infarto estão entre os benefícios do LATIN. Iniciado em novembro, conta com equipamentos eletrocardiógrafos em cinco unidades no município: UPA Parque Beira Mar e nas Unidades Pré-Hospitalares do Pilar, Saracuruna, Equitativa e Imbariê. E o melhor, a custo zero para os cofres da Prefeitura de Duque de Caxias. O projeto atende em média 15 pacientes mês com IAM.

“É um superprojeto, uma conquista enorme para Duque de Caxias, por causa do pioneirismo do sistema. A parceria com o HSCOR é fundamental para o funcionamento do projeto já que se trata de um hospital referência na cardiologia”, disse a coordenadora municipal do Departamento de Monitoramento e Regulação de Caxias, Patrícia Mello. Os pacientes contam ainda com acompanhamento pela unidade no período de três anos.

Todos os profissionais que atuam com o LATIN passam por treinamento avançado e constante que inclui, o corpo médico formado por socorristas de emergência e outros profissionais, que transmite o resultado de um eletrocardiograma (ECG), bem como de outros dados médicos, por exemplo, a um cardiologista remoto que pode fornecer um diagnóstico mais preciso e em tempo real. Além disso, o médico pode recomendar um tratamento pré-hospitalar em 10 minutos, antes mesmo de o paciente chegar ao pronto-socorro.

“Esse projeto vem de encontro à atuação do HSCOR em Duque de Caxias e na oportunidade de parceria com a Secretaria Municipal de Saúde levando a população o que há de melhor e mais recomendado no tratamento do IAM com supra de ST, com o objetivo final de reduzir nossas taxas de mortalidade. Tudo isso sem separação entre os atendimentos, todos com a mesma igualdade. O processo de telemedicina e a estrutura em cadeia da informação para todos os integrantes das equipes envolvidas no atendimento, traz a agilidade necessária para o sucesso do programa. Chegar à funcionalidade do processo em menos de 120 minutos é excelente. Isso não se consegue em nenhum lugar”, destacou o diretor médico do HSCOR, Rodolfo de Franco Cardoso, responsável pela implementação e a introdução do LATIN em Caxias, lembrando ainda o caso de um paciente que deu entrada na UPA Beira Mar recentemente com IAM e em 1h30m já estava com o fluxo da coronária restabelecido.

O auxiliar de produção Jaílson Marinho da Silva, 51 anos, morador do Parque Equitativa, teve no último sábado (19/12), um infarto agudo do miocárdio. Ao buscar o atendimento na UPH do seu bairro, teve no Projeto Latin toda a agilidade necessária para evitar consequências piores. Já reabilitado no HSCOR, o auxiliar temeu por algo pior, mas destacou a eficiência e a presteza com que foi atendido desde sua entrada a Unidade Pré Hospitalar ao HSCOR.

“Realmente a agilidade no atendimento foi muito bom. Quando percebi já estava na ambulância saindo do Equitativa e pronto para o procedimento. Estou totalmente revigorado e me reabilitando bem, e sem custo nenhum”, ressaltou o auxiliar de produção.

Redução na mortalidade

O projeto LATIN tem demonstrado ser uma alternativa efetiva para reduzir a mortalidade e baixar os custos em decorrência de ataques cardíacos. Recentemente, diante da atuação do HSCOR em parceria com o município no diagnóstico e tratamento das doenças cardiovasculares, com mais de 15 mil procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), à direção do Departamento Municipal de Monitoramento e Regulação, juntamente com o subsecretário municipal de Regulação, Leonardo de Deus, foram então procurados para integrar ao projeto LATIN de tratamento de Infarto Agudo do Miocárdio com supra de ST.

“Além do pioneirismo, a busca incessante da medicina é pela diminuição da mortalidade. Ao atuarmos com o Latin em Caxias, trazemos este pioneirismo para uma área de poucos recursos, criando uma melhor visibilidade e atração para Duque de Caxias, oferendo a população o que há de mais moderno, combinando o trabalho social com o cientifico. Sabemos que ter um atendimento mais efetivo e com uma avaliação mais minuciosa, certamente, pode ajudar a salvar vidas, e é isto que o LATIN permite. Além do controle da mortalidade através do infarto, conseguiremos ter uma eficácia maior do projeto com o número de atendimentos mensurando em números percentuais as principais demandas por atendimentos”, finalizou o diretor geral do HSCOR, Dr. Luiz Paulo Rebello Alves.

Todo o registro de produção cientifica e dos dados de atendimentos são armazenados, ficando à disposição, podendo inclusive melhorar a quantidade estatística e dos dados referentes às taxas de atendimento e mortalidade do Infarto Agudo do Miocárdio em Duque de Caxias.

O PROJETO LATIN

O Projeto Latin (Latin America Telemedicine Infarct Network) é o braço da América do Sul de um trabalho mundial feito pela LUMEM GLOBAL FOUNDATION que visa melhorar a capacidade de diminuir o tempo de ação no tratamento do IAM com objetivo de reduzir a mortalidade desses pacientes. Essa fundação atua mundialmente em países como Estados Unidos, China, Japão, Canadá, e na América do Sul na Colômbia e no Brasil.

Fonte: Assessoria de Imprensa PMDC / FOTOS: Ralff Santos

 

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