Setembro
A unidade está em obras e vai funcionar com atendimento em fisioterapia, urologia e psicologia com capacidade para cinco mil atendimentos mensais
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos cerca de 796 mil iguaçuanos, mais de 195 mil são portadores de alguma necessidade especial. Em aproximadamente dois meses, o prefeito Nelson Bornier vai inaugurar um Centro de Reabilitação para pessoas com deficiência, que funcionará no Caesp (Centro de Ações Integradas Castorina Faria Lima), no bairro Monte Líbano. A unidade contará com serviço de fisioterapia, urologia e psicologia e terá capacidade para realizar cerca de cinco mil atendimentos mensais em pacientes encaminhados pelo Centro de Acolhimento ao Deficiente de Nova Iguaçu (CAD), que já tem mais de dois mil cadastrados.
Inaugurado em setembro do ano passado, o CAD é uma iniciativa pioneira no Rio de Janeiro e funciona como uma espécie de porta de entrada da pessoa com deficiência. A unidade conta com uma equipe multidisciplinar formada por fisiatra, que é o médico especialista em alterações físicas, urologista, enfermeiro, assistente social e fisioterapeuta que fazem o primeiro atendimento aos pacientes. Os portadores de deficiência são cadastrados e encaminhados para as unidades de saúde do município, onde recebem atendimento adequado. Além disso, o CAD também organiza a logística de transporte dos pacientes que têm dificuldades de locomoção e a entrega de medicamentos.
“O CAD tem desenvolvido um papel fundamental para o deficiente, mas a procura é muito grande e nossa unidade ficou pequena, então, estamos criando o Centro de Reabilitação para ampliar essa rede de tratamento”, explicou o secretário de Saúde Luiz Antônio Teixeira Jr. Além dos serviços de saúde, o Caesp continuará oferecendo educação especial e ganhará também um setor de Assistência Social e Esporte.
Anderson Phelipe Rodrigues foi um dos primeiros pacientes atendidos no CAD. O rapaz foi diagnosticado com paralisia nas pernas em decorrência da meningite aos 19 anos. Com medo de jamais voltar a andar, ele se isolou, ficou três meses sem sair de casa. Depois de receber assistência e orientações sobre direitos e tratamento, Anderson foi convidado a trabalhar como auxiliar e de atendimento na unidade. Nos fins de semana, o jovem comanda festas de música eletrônica na cidade.
“Minha vida mudou depois do CAD, quando alguém recebe um diagnóstico como esse, fica de frente com uma espécie de quebra-cabeças, você não sabe onde ir, quem procurar, quais são seus direitos. No CAD você recebe orientação pra juntar esse quebra-cabeça e as coisas voltam a fazer sentido. Voltei a sair, percebi que meus amigos gostam da minha companhia, independente da cadeira de rodas. ”, contou.
O CAD funciona de segunda a sexta-feira, em anexo ao Centro de Saúde Vasco Barcelos no Centro de Nova Iguaçu na Rua Bernardino de Mello, 1895, Centro de Nova Iguaçu.
Fonte: Assessoria de Imprensa PMNI / Crédito: Fernanda Rodrigues e Elaine Cutrim