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São João de Meriti oferece tratamento especializado para pacientes com lesão de lábios e palato

 

Publicado em: 03/09/2015 12:59 | Fonte/Agência: CISBAF | Autor: Cisbaf

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Setembro

O Programa de Assistência a Pacientes com Anomalias Craniofaciais (lábios leporinos e palato) e Deficiência Auditiva oferece tratamento especializado em São João de Meriti, pelo sistema SUS, através da Secretaria Municipal de Saúde. Os interessados devem se dirigir ao PAM Meriti e ao Centro de Saúde Anibal Viriato de Azevedo, referências no atendimento qualificado.  

O tratamento integral é realizado na unidade PAM Abdon Gonçalves, dividido em setores interdisciplinares. Lá, o paciente recebe a assistência de profissionais de fonoaudiologia, pediatria, clínica médica, otorrinolaringologia, odontologia, psicologia e nutrição. O programa conta com apoio radiológico e laboratorial, para avaliação de cada caso.

Já no Centro de Saúde Anibal Viriato de Azevedo, o programa conta com o auxílio do serviço de psicologia, atendimento otorrinolaringológico e a odontologia especializada. Na unidade de saúde, é feito ainda o acolhimento dos familiares de recém-nascidos com lesão de lábio e/ou palato, para prestando orientações e encaminhamento para cirurgia, além de acompanhar a pré e a pós-cirurgia, com assistência total. 

O que é a lesão labial

A lesão labial e palatal (inexistência do céu da boca) é uma má-formação anatômica que ocorre, geralmente, em torno da quarta e décima segunda semana de vida intrauterina, respectivamente por falta ou deficiência de fusão dos processos maxilar e nasal médio ou dos processos palatinos. Estudos ainda estão sendo realizados para descobrir a etiologia das fissuras labiopalatinas.

A gerente do Programa, a fonoaudióloga Maria Aparecida Pio de Abreu, explica como ocorrem as fissuras labiopalatais: “Estudos mostram que os fatores ambientais, genéticos, ou ambos, podem determinar o aparecimento das fissuras. A incidência de indivíduos que nascem com más-formações congênitas labiopalatais é relativamente alta. No Brasil a prevalência é de um em cada 650 nascimentos. As fissuras podem atingir o lábio ou palato de forma completa ou incompleta, uni ou bilateralmente. Este tipo de má-formação destaca-se pela complexidade de seus efeitos estéticos e funcionais”.

Crianças podem corrigir as lesões logo nos primeiros meses de vida. “A cirurgia da lesão de lábio é feita, geralmente, a partir dos três meses e do palato com um ano. Encaminhamos os pacientes para cirurgia fora do município, pois não dispomos de unidade hospitalar própria. Oriento e encaminho para as unidades hospitalares do estado (Hospital Municipal Nossa Senhora do Loreto/ Ilha do Governador, Hospital Universitário Clementino Fraga Filho)  e para o Centro de Referência em Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP/Centrinho/ Bauru”, avisa a coordenadora do programa.

Adultos que, por algum motivo, não puderam fazer a correção ainda crianças, segundo, Maria Pio, podem realizar a cirurgia sem intercorrências. “Claro que, quanto mais precoce for a cirurgia, melhor para a reabilitação da fala. Mas tenho pacientes que fizeram a primeira operação já  adultos sem problemas”, diz.

Quanto mais cedo, melhor.

Crianças que nascem sem o palato e recebem tratamento logo após o nascimento se recuperam mais rápido. Porém, sem um acompanhamento médico, podem ocorrer problemas na alimentação. “As fissuras labiopalatais são passíveis de correção e não devem impedir o indivíduo de levar uma vida normal. Contudo, desde o nascimento, as crianças portadoras de fissuras encontram algumas dificuldades para se alimentar, tais como ingestão insuficiente, déficit de sucção, escape nasal, excessiva deglutição de ar, vômitos abundantes, engasgamento e asfixias”, explica.

A dificuldade na alimentação do bebê fissurado surge devido a prejuízos no mecanismo de sucção e deglutição, decorrentes da falta de integridade anatômica. Porém, sabe-se que a sucção é uma função inata, já experimentada pelo feto em vida intrauterina, de modo a capacitar a musculatura intra e extrabucal. Este mecanismo não decorre de forma diferente no fissurado.

“Acredita-se que estas crianças têm condições de se adaptar às condições anatômicas, desde que os pais sejam orientados adequadamente. Diante disso, torna-se imprescindível a intervenção precoce iniciada na maternidade, assegurando um bom desenvolvimento da estrutura facial através de uma sucção efetiva”, alerta, a fonoaudióloga  Maria Pio,  que acrescenta: “Nós orientamos o aleitamento materno exclusivo desde o nascimento. Quando somos informados do nascimento de uma criança com fenda labial e fissura palatina e nos é solicitado a intervenção precoce para o aleitamento materno, agendamos uma orientação para adequar e orientar o manejo da amamentação”.

A informação é fundamental para família

A primeira reação da família ao tomar conhecimento de que seu filho nasceu com uma fissura labiopalatal é de desorientação - justificável apenas pela falta de conhecimento a respeito do assunto. A falta de esclarecimento é o principal fator prevalente dos distúrbios de voz, fala e transtornos auditivos decorrentes da má-formação prejudicando, o desenvolvimento social desse individuo.

Em São João do Meriti os pais recebem imediatamente informações sobre o problema. “Todos os munícipes nascidos com lesão de lábio e/ou palato podem ser cadastrados no Programa. Basta o responsável se dirigir ao PAM Meriti, na sala 304, levando a cópia da documentação do paciente para efetuar o cadastro e o agendamento da primeira consulta. Quero informar que atendemos aos pacientes com essa problemática também dos municípios vizinhos. Hoje temos 230 pacientes cadastrados no Programa. Tratamos com atendimentos formais (terapia fonoaudiológica, atendimento pediátrico, clinica médica entre outros) 50% dos casos e os outros 50% estão em acompanhamentos mensais, trimestrais e em processo de alta (ficam vinculados ao Programa para um suporte, se necessário)”, finaliza.

Para maiores informações,  procurar a fonoaudióloga Maria Aparecida Pio ( ou a sua auxiliar administrativa, Soara), no Pam Meriti, nas terças-feiras e sábados, na sala 304. 

Fonte: Assessoria de Imprensa PMSJM


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