Junho
Desde a reabertura, em dezembro de 2013, a unidade realizou quase sete mil partos; 30% deles em gestantes de outros municípios
A Maternidade Municipal Mariana Bulhões (MMMB) vai passar a funcionar com 80 leitos maternos em breve. A unidade está em obras para aumentar a capacidade e acomodar com mais conforto as gestantes que procuram atendimento. Desde quando foi reinaugurada pelo prefeito Nelson Bornier e pelo secretário de Saúde Luiz Antônio Teixeira Júnior, em dezembro de 2013, foram realizados mais de 6.900 partos, cerca de 30% deles em gestantes de outros municípios.
Com as obras, a unidade que tinha 40 leitos maternos, passa a ter 80. Já a UTI neonatal ganhará mais cinco leitos, totalizando 30 incubadoras. Em 2014, o complexo hospitalar de Nova Iguaçu, composto pela Maternidade Mariana Bulhões e o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) realizou 18 mil internações, isso corresponde a 30% do número de internações feito no mesmo período pelos dez hospitais federais que funcionam no Rio de Janeiro. A diferença é que no ano passado, Nova Iguaçu recebeu R$ 109,2 milhões por ano, enquanto as unidades federais contaram com R$ 3,1 bilhões em recursos.
Para o secretário municipal de Saúde Luiz Antônio Teixeira Júnior, Nova Iguaçu tem avançado, mas é necessário mais apoio do Governo Federal e uma nova atitude dos outros municípios da Baixada. “Estamos negociando um aporte maior junto ao Ministério da Saúde e ao mesmo tempo precisamos que nossos vizinhos criem novos leitos. A cada dez mulheres que dão à luz em Nova Iguaçu, três vêm de outros municípios, já houve casos de gestantes terem seus bebês dentro de ônibus porque peregrinaram em diversas unidades até chegar aqui. Isso não é razoável, isso é inadmissível”, disse.
Em dezembro de 2014, a MMMB passou pela primeira obra de ampliação com a instalação de 10 novos leitos no setor de pré-parto. “Felizmente contamos com uma gestão comprometida e com equipes dedicadas a salvar vidas. Trabalhar acima de nossa capacidade predial tem sido rotina, mas estamos fazendo um bom trabalho”, avalia Emerson Trindade, diretor médico da MMMB.
Fonte: Elaine Cutrim / Fotos: Everton Barsan