Maio
O Seminário “Rio Metropolitano: Desafios Compartilhados – Saúde” debateu diversas questões relacionadas à saúde no estado e apontou a união dos municípios através de consórcios como um caminho para a solução dos problemas regionais na área da saúde pública. O evento, ocorrido no Sesc São Gonçalo, na manhã do dia 28, é uma iniciativa do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS) e da Câmara Metropolitana de Integração Governamental do Rio de Janeiro, e reuniu o secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, o diretor executivo da Câmara Metropolitana, Vicente Loureiro, a secretária executiva do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense, Dra. Rosangela Bello, e o diretor de Assuntos Institucionais da Amil, Antonio Jorge Kropf. Na abertura, o prefeito de São Gonçalo, NeiltonMulim, deu as boas vindas aos palestrantes e convidados.
Os consórcios intermunicipais de saúde foram um dos principais pontos debatidos. Para o secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, sem o compartilhamento não será possível avançar. “Os consórcios atuam de forma integrada e temos diversas experiências exitosas pelo país. De forma conjunta, os gestores discutem e encontram soluções para toda a região, já que os desafios são comuns a todos. Essa estrutura consorciada é um caminho apoiado pelo governador. Precisamos regionalizar, pensar os municípios estruturados como uma grande e única rede de saúde”, argumentou Peixoto. Ele anunciou ainda a implantação no dia 08 de junho de uma central de regulação unificada com informações de toda a rede pública de saúde, considerando os leitos para internação e o atendimento de urgência nos hospitais da Região Metropolitana do Rio (municipal, estadual e federal).
A secretária executiva do Cisbaf, Dra. Rosangela Bello, apresentou o consórcio e a experiência acumulada nos últimos 15 anos. Apontou os principais desafios da região, que abrange 11 municípios consorciados, e apoia a criação pelo estado de uma central de regulação única. “A capital do Rio tem enorme concentração de serviços de especialidades e de alta complexidade, diferente da Baixada Fluminense. Muitas vezes a unidade de saúde no Rio tem oferta e está ociosa, mas o paciente da Baixada não consegue acesso ao serviço que precisa. Esse é um desafio abraçado pelo governador Pezão e que repercutirá em significativa melhora na assistência à saúde de toda a população do estado do Rio”, reflete Bello.
O diretor executivo da Câmara Metropolitana de Integração Governamental do Rio de Janeiro, Vicente Loureiro, fez um balanço positivo do encontro e ressaltou a importância de se discutir regionalmente outras questões, como a mobilidade urbana, a segurança, os resíduos sólidos, dentre outros temas, que também refletem na área da saúde. “Quando a gente fala em compartilhar ideias e soluções, precisa pensar fora da caixa, pensar em temas correlacionados.”
Fotos: Claudia Souza / Mauricio Bazilio