Janeiro
Cerca de 100 profissionais de Saúde Mental e de Atenção Básica de Nova Iguaçu participaram na manhã desta quarta-feira (14) da Oficina de Atenção à Crise, uma capacitação oferecida em parceria com o Governo do Estado. A psicóloga Mônica Fornazier apresentou e discutiu questões que fazem parte do tratamento de pacientes atendidos pela rede de atenção psicossocial, enfatizando que um dos principais desafios de municípios de todo o país é extinguir os hospitais psiquiátricos.
“A crise deve ser acolhida dentro dos serviços que compõem a rede de saúde do município. Infelizmente o Rio de Janeiro ainda tem 28 hospitais psiquiátricos, mas também é nosso objetivo refletir sobre como estamos nos organizando para acabar com as internações nessas instituições”,disse Mônica Fornazier.
Para o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu Luiz Antônio Teixeira Júnior, a cidade está passando por um processo de reestruturação da rede de atendimento para pacientes com transtornos mentais. “Ano passado tivemos um grande avanço com a inauguração da emergência psiquiátrica, na Clínica da Família 24 horas de Austin. Este espaço é exclusivo para atender pacientes psiquiátricos em crise de forma humanizada. Antigamente, este setor funcionava em situação muito precária, o prefeito Nelson Bornier e eu ficamos chocados ao conhecer as antigas instalações, mas felizmente hoje a realidade é outra”, explicou.
Em Austin funcionam cinco enfermarias, cada uma delas com dois leitos e uma sala de convivência, na qual o paciente tem todo o atendimento necessário com uma equipe formada por psiquiatra, psicólogo, assistente social, enfermeiro e técnico em enfermagem. Além da emergência de Austin, a população que sofre com transtornos mentais conta com outros três CAPS, um deles voltado especificamente para crianças e adolescentes. Nestes espaços, os usuários são acompanhados por profissionais e participam de oficinas. A cidade conta também com seis residências terapêuticas, duas delas inauguradas pela atual gestão.
A superintendente de Saúde Mental de Nova Iguaçu Ana Lúcia Borges comemorou o resultado da oficina. “A educação permanente é fundamental para garantir a melhoria dos serviços oferecidos à população. Em fevereiro teremos o Fórum de Saúde Mental com o objetivo de ampliar o debate e melhorar o atendimento”, disse.
Fonte: Elaine Cutrim / Fotos: Everton Barsan