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Queimados usa nova tecnologia no tratamento do pé diabético

 

Publicado em: 04/09/2014 00:00 | Fonte/Agência: CISBAF | Autor: Cisbaf

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Setembro

Todos os profissionais de saúde de Queimados, principalmente os que lidam com pacientes diabéticos, estão recebendo nesta primeira semana de setembro, um peso a mais na bagagem profissional através de um curso sobre o manejo clínico do pé diabético e os benefícios da nanotecnologia no tratamento. A ciência trabalha com minúsculas moléculas, os chamados nanos, cujo princípio básico é a construção de estruturas, a partir dos átomos. Ou seja, com pesos tão baixos, as moléculas penetram melhor e mais profundamente, obetendo resultados mais rápidos e eficazes. O curso intensivo que está sendo ministrado na sede da Vigilância em Saúde, conta com a palestra de profissionais renomados com pós-doutorado na área no exterior.

Entre os professores que estão ministrando o curso intensivo estão: o Dr. Pedro Coutinho, único especialista em podiatria (estudo da biomecânica e fisiologia do pé) no país, formado em Portugual, CEO da N/DERM, Vitor Melamed e o pós doutor em dermatologia e especialista  em pé diabético, Bruno Horta que também é professor de química orgânica e dermatológica na UFRJ.  

Todos precisam estar atentos para a identicação e tratamento rápido das doenças, está é uma orientação da Secretaria Municipal de Saúde, destacou a coordenadora do HIPERDIA (Programa de Hipertensão e Diabetes), enfermeira Sandra Regina. “Estou muito feliz com a chegada deste curso que irá ajudar a todos os profissionais de saúde a nos ajudar na identificação da doença, afinal o agente de saúde que visita diariamente os pacientes será nosso principal colaborador. A Secretária de saúde, Dr.ª Fátima Cristina, fará uma cerimônia para a entrega dos certificados aos profissionais no último dia do curso, no mesmo local, às 14h”, informou a enfermeira.

Tratamento sem amputação

A tecnologia já é utilizada em alguns países como Angola e Israel e no Brasil há 6 anos, e promove resultados muito eficientes às feridas por diabetes e hanseníase. Segundo, Bruno Horta, Dr.º em química orgânica e nanotecnológica da URFJ e consultor químico da N/DERM, empresa que desenvolveu a  nanotecnologia para a renovação da pele no Brasil, é possível curar feridas em pessoas que já estavam com indicação para amputar o membro. “Já tivemos casos de pessoas que estavam com a ferida há mais de 30 anos e se curaram em quatro meses e casos de indicação para amputação que conseguimos reverter o quadro. No entanto, o medicamento não é milagroso, estamos falando de novas tecnologias associadas que geram resultados mais rápidos e logo, menos doloridos e onerosos tanto, para o poder público quanto para o paciente”, relatou Bruno.

No entanto, a utilização do medicamento N/DERM que utiliza esta tecnologia, mesmo sendo autorizado pela ANVISA ainda é comercializado apenas nas principais redes de farmácias do país, e não faz parte da cesta básica dos pacientes com diabetes e hanseníase, cedidas pelo Ministério da Saúde aos municípios, destacou o CEO da empresa, Vitor Melamed. “Desenvolvemos o produto há cerca de seis anos no Rio Grande do Sul em parceria com a PUC, SENAI e SISMED, mas não fazemos a distribuição direta para as prefeituras”, explicou Vitor.

Ainda segundo ele, este trabalho é realizado pelos distribuidores que vendem inclusive para as farmácias. “Nosso papel foi desenvolver a tecnologia, mas estamos trabalhando para que o medicamento seja incluído na cesta básica destes pacientes e passem a ser distribuídos gratuitamente”, acrescentou o CEO. O menor frasco com 100g, custa em torno de R$ 49 e tem duração média de uma semana e o tempo mínimo de tratamento, dependendo da ferida, é de 15 a 30 dias, acrescentou.  

Entre os casos documentados e tratados com o N/DERM, estão o paciente C.O.M de 80 anos, masculino com úlcera mista com necrose, edema, exsudato e exposição de tendão no dorso do pé direito por seis meses com dimensão de 3,5 cm de altura por 2,5 cm de comprimento. O resultado após oito dias de utilização do medicamento fez com que  a lesão deixasse de apresentar exposição do tendão, com redução do tamanho da ferida e início do processo de granulação. Em 60 dias de utilização de N/DERM, o paciente apresentou cicatrização completa.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa PMQ / Fotos: Luiz Ambrosio

 

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