Março
As jovens iguaçuanas entre 11 e 13 anos já podem receber a primeira dose da vacina contra o Papiloma Vírus Humano (HPV). A campanha “Cada Menina é de um jeito, mas todas precisam de proteção” começou no dia 10/03 nos postos de saúde da rede municipal e também nas escolas da cidade. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Imunização do Ministério da Saúde, que tem o objetivo de prevenir o câncer do colo do útero, segundo tipo de câncer que mais causa morte de mulheres no Brasil.
A dona de casa Rosânia Santos da Silva não perdeu tempo e levou a filha Débora Santos da Silva, 13 anos, para receber a primeira dose no Posto de Saúde Lino Vilella, no bairro Jardim Carmary. “É muito importante vacinar porque desta forma estou prevenindo minha filha contra o pior, que é a doença. Eu já havia procurado clínicas particulares para aplicar a vacina, mas o valor é muito alto, então, a campanha caiu do céu. Eu pretendo acompanhar a Débora nas três doses para garantir que ela não vai perder nenhuma. Não adianta vir ao posto, tomar a primeira dose e depois esquecer, aí é desperdício porque a vacina não vai fazer efeito”, disse a mãe.
Para a primeira fase de vacinação, Nova Iguaçu recebeu 8.646 doses. Por determinação do prefeito Nelson Bornier, a Secretaria Municipal de Saúde firmou parceria com Secretaria Municipal de Educação e vai oferecer a vacina nas escolas municipais e estaduais e também em 67 postos de saúde. Para receber a primeira dose na escola, a menina precisa apresentar o cartão de vacinação e ter a autorização dos pais. Caso o responsável não autorize a aplicação da vacina, será necessário assinar uma declaração de recusa.
“Essa campanha é muito importante, mas só terá o alcance necessário se contar com o apoio dos pais, que devem levar seus filhos aos postos ou autorizar a aplicação da primeira dose na escola. Além disso, é fundamental que as meninas recebam as três doses nos períodos estabelecidos pelo Ministério da Saúde”, explica o secretário municipal de Nova Iguaçu, Dr. Luiz Antônio Teixeira Júnior.
O esquema adotado pelo Ministério da Saúde é chamado de “estendido” e composto por três doses. Recomendado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) o modelo garante maior duração da proteção fornecida pela vacina, que é a quadrivalente e protege contra quatro subtipos do vírus: 6, 11, 16 e 18. Ao iniciar a imunização, seja na escola ou no posto de saúde, a adolescente recebe orientações sobre a administração da segunda dose, que deve acontecer seis meses depois da primeira, e a terceira, cinco anos após o início do esquema vacinal. Em 2013, serão vacinadas meninas que tenham nascido entre 1 de janeiro de 2001 e 31 de dezembro de 2003.
Segundo o Ministério da Saúde, em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas que completam nove anos. Com isso, o Brasil, em apenas dois anos, protegerá a faixa etária (meninas de 9 a 13 anos) que melhor se beneficia da proteção da vacina por ter uma resposta em termos de produção de anticorpos mais alta do que numa faixa etária mais avançada.