Outubro
O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense e o Instituto Nacional de Cardiologia assinaram na última sexta-feira (25), na sede do INC, um convênio de cooperação técnica com o objetivo de elaborar um projeto de expansão das Redes de Atenção Cardiovascular na região. Além de ampliar e qualificar o serviço, o projeto visa ainda estruturar centros de referência em locais estratégicos e capacitar os profissionais municipais de saúde.
Com recursos federais e a chancela do INC, o Cisbaf quer criar na Baixada dois a três núcleos de referência, localizados em municípios estratégicos, para atendimento aos casos com maior complexidade. Além disso, o projeto irá capacitar os profissionais (clínico geral e enfermeiro) que atuam na atenção básica, para que possam analisar e identificar possíveis problemas do coração através do eletrocardiograma. “Como a atenção básica é a porta de entrada no sistema de saúde, precisamos qualificar esses profissionais para que possam dar o encaminhamento necessário. Uma doença diagnosticada no início pode ser melhor acompanhada e é mais fácil evitamos a sua complicação”, explica a secretária executiva do Cisbaf, Rosangela Bello.
O diretor geral do Instituto Nacional de Cardiologia, José Leôncio de Andrade Feitosa, acrescentou que o INC oferece vasta estrutura de ensino e pesquisa, e que a capacitação poderá ocorrer nas dependências da própria instituição ou nas unidades municipais de saúde. Para ele, a organização da rede regional de cardiologia na Baixada terá condições de absorver até 80% dos atendimentos na especialidade. “Queremos montar núcleos com equipamentos básicos, com eletrocardiógrafo, ecocardiógrafo e esteira ergométrica. Esta estrutura funcionará de forma eficiente e com custo de manutenção menor para os municípios. Somente os casos de alta complexidade, não resolvidos nestes núcleos, serão encaminhados ao INC. Iremos organizar a rede regional de cardiologia na Baixada para que ela absorva até 80% dos casos”, comenta o diretor.
Para dar andamento à elaboração do projeto regional, o levantamento dos dados municipais já está sendo realizado através dos coordenadores que compõem a Câmara Técnica de Cardiologia do Cisbaf. O próximo passo será discutir um plano de ação de curto, médio e longo prazos.