Saúde integrada com a Maternidade Estadual de Mesquita e a triagem no pré-natal

Com o objetivo de integrar e ampliar o atendimento às gestantes de Nova Iguaçu no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Coordenação Municipal de Vigilância em Saúde da Mulher, Criança e Adolescentes promoveu no dia 08, na Universidade de Nova Iguaçu (Unig), uma capacitação junto aos profissionais de saúde do município com representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES) e do Instituto Vital Brasil. Os temas centrais foram os critérios para encaminhamento ao Pré-Natal da Maternidade Estadual da Mãe de Mesquita e a Triagem Neonatal com Papel Filtro. Estas ações integram o Programa Estratégico da Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, que visa a melhoria do atendimento à gestante, garantindo assistência de qualidade e reduzindo o número de óbitos decorrentes de complicações na gravidez e no parto.

 

“Temos que ressaltar o trabalho eficiente do Ministério da Saúde, através do ministro Alexandre Padilha, que implementa ações importantes como a Rede Cegonha. Trabalhamos sempre para melhorar não só a saúde de Nova Iguaçu, mas de toda a Baixada Fluminense. A Maternidade de Mesquita cria uma ótima perspectiva nesta melhoria uma vez que o Hospital Geral de Nova Iguaçu, uma unidade regional que atende toda a região, mas com o gerenciamento da prefeitura, o que traz uma grande dificuldade financeira nesta manutenção em função de estar sobrecarregada neste atendimento”, afirmou o secretário municipal de Saúde e Defesa Civil de Nova Iguaçu, Carlos Henrique Melo Reis.

A médica pediatra Felisbela Antônia da Costa, da Coordenação Estadual de Saúde da Criança, detalhou todos os critérios para o encaminhamento ao Pré-Natal da Maternidade Estadual da Mãe de Mesquita. A unidade foi recentemente inaugurada conta com ambulatório de atendimento para a realização de pré-natal e maternidade para partos de baixa e média complexidade. Segundo a médica a nova maternidade é um esforço do Ministério da Saúde em ajudar o Estado e os municípios da região para que reorganize a rede de atendimento na Baixada Fluminense, que é uma região que precisa de mais serviços de saúde.

“É possível fazer uma atenção de saúde de qualidade com equidade trabalhando para melhorar o atendimento. A Rede Cegonha objetiva exatamente fomentar a implementação de um novo modelo de atenção à saúde da mulher e saúde da criança com foco na atenção ao parto e ao nascimento e no desenvolvimento infantil de zero aos 24 meses. Organizar uma Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil que garanta acesso, acolhimento e resolutividade e reduzir a mortalidade materna e infantil, com ênfase no componente neonatal”, disse Felisbela Costa.

Entre os principais critérios estão: início do pré-natal com idade gestacional igual a 28 semanas; todas as gestantes deverão ser encaminhadas com a guia de encaminhamento da central de regulação do município. Algumas gestantes poderão ser reencaminhadas à Unidade de Saúde de origem, caso não seja evidenciado a situação de risco classificada pelos critérios estabelecidos para a maternidade. Para Nova Iguaçu, as referências são: Hospital Geral de Nova Iguaçu; Hepatite B e C Positiva; HIV Positiva e Toxoplasmose Positiva. Além disso, existem outros critérios a serem considerados ligados a infecções, anemias, gestantes com história prévia de diabetes, entre outros.

Triagem pré-natal com papel de filtro

A enfermeira obstetra do Instituto Vital Brasil, Luiza Mara Correia, explicou o funcionamento do eficiente programa de triagem pré-natal com a tecnologia do teste com papel de filtro. Os pacientes não precisam de jejum para fazer os testes e o resultado fica pronto em até 15 dias. Mulheres aparentemente sadias podem silenciosamente transmitir infecções ao feto durante a gravidez. É importante o acompanhamento médico desde o início da gestação, com a realização de exames para detectar doenças o mais cedo possível.

As doenças triadas nos exames são: HIV, Sífilis, Hepatite B, Toxoplasmose, Glicose e Hemoglobina. Todas as doenças têm tratamento e a detecção precoce é muito importante para o processo de controle ou de cura. O exame deve ser feito no início da gravidez e no terceiro trimestre da gestação. Com a prevenção, a população ganha em saúde e qualidade de vida. Este tipo de exame está disponível na rede pública de saúde de 55 municípios do Estado do Rio de Janeiro.