Julho
Secretários de Saúde da Baixada Fluminense que formam o Conselho Técnico do Cisbaf e o coordenador estadual de Urgência e Emergência, Dr. Daniel S. Junior, se reuniram na sede do consórcio, no dia 25, para discutir a implantação da rede de urgência na região. Os municípios que se estruturarem, seguindo as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, receberão recursos de custeio mensais que variam de R$ 100 mil a R$ 200 mil.
Daniel Junior destacou a importância do bom funcionamento do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – Samu dentro da estrutura da rede. “O Samu é o fio condutor de toda a rede. Se não tivermos o serviço qualificado teremos sérios problemas. A região precisa aumentar a sua frota de ambulâncias para atender a demanda e os gestores precisam ter maior comprometimento na manutenção do serviço”, fez o alerta.
O secretário de Saúde de Belford Roxo, Gustavo Rodrigues, também concorda com a opinião do coordenador. Para ele, “a rede atingirá sua eficácia somente se os gestores fizerem o seu dever de casa, caso contrário, os municípios que trabalharem corretamente ficarão sobrecarregados.”
Durante a reunião, foram debatidos alguns problemas recorrentes que dificultam o pleno funcionamento do Samu na Baixada, como o déficit de médicos e atendentes que atuam na Central de Regulação, a precária manutenção das ambulâncias por parte de algumas Prefeituras, o uso indevido das viaturas como frota sanitária municipal desconfigurando a prestação do serviço regional, a ausência da contrapartida de 25% do Governo do Estado para custeio do serviço, dentre outros.
O secretário de Saúde de Queimados, Ismael Lopes, sugeriu que esse recurso, quando vier a ser liberado pela SES, seja repassado diretamente ao Cisbaf, a fim de reduzir os entraves burocráticos para execução do mesmo. Ele também apoia a ideia de responsabilizar os municípios que não cumprirem com sua parte na parceria.
Para melhorar o Samu na região, o Cisbaf aguarda a liberação do recurso do Ministério da Saúde depositado, desde abril, na Prefeitura de Nova Iguaçu para iniciar as obras de reforma e ampliação da Central de Regulação. Com a obra concluída, o consórcio passará a receber maior repasse para custeio do serviço, o que possibilitará a contratação direta dos profissionais que atuarão na Central, desonerando os municípios que, desde outubro de 2004, quando o serviço foi implantado na região, arcam com o envio desses profissionais.
Durante o encontro, o presidente do Conselho Técnico do Cisbaf e secretário de Saúde de Japeri, Fabio Stasiaki, falou sobre o projeto Telessaúde. O município de Japeri já recebeu o recurso federal a ser direcionado ao Cisbaf que realizará a licitação para a compra dos equipamentos que serão instalados nos municípios. Uma comissão regional está sendo formada para acompanhamento do processo.
A assessora técnica do consórcio, Marcia Cristina, falou sobre a contratação de novos leitos obstétricos na região, déficit que está repercutindo no sucesso da implantação do projeto Rede Cegonha. Segundo a assessora, diversas maternidades e hospitais da Baixada foram visitados e as condições para a contratação estão sendo avaliadas juntamente com a SES.